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Thursday, September 28, 2023

Agência de adoção sul-coreana deve indenização a Adam Crapser, diz tribunal


SEUL – Quando Shin Track-hyuk tinha três anos, ele foi enviado da Coreia do Sul para pais adotivos nos Estados Unidos, onde acabaria se tornando Adam Crapser.

Aquele primeiro casal o abandonou e, após uma jornada por vários lares adotivos, um segundo casal, Thomas e Greenback Crapser, o adotou. Mas eles abusaram dele e de seus outros filhos adotivos e foram mais tarde condenado de maus tratos criminais e agressão.

Apesar de tudo isso, Crapser construiu uma vida para si mesmo, abrindo uma barbearia antes de decidir se tornar um pai que fica em casa. Mas essa vida virou de cabeça para baixo quando ele foi deportado para a Coreia do Sul em 2016, depois que foi descoberto que nenhum de seus pais adotivos havia obtido a cidadania americana para ele. Desentendimentos com a lei – incluindo uma condenação por roubo depois que ele invadiu a casa de seus pais para recuperar uma Bíblia e sapatos de borracha trazidos da Coreia do Sul, e uma condenação por posse ilegal de arma de fogo – o qualificou para deportação.

O lapso pode ser atribuído a muitos: pais adotivos, leis dos EUA ou, de acordo com uma decisão judicial sul-coreana esta semana, a agência de adoção.

O Tribunal Distrital Central de Seul ordenou que o Holt Kids’s Companies pagasse a Crapser cerca de US$ 75.000 em danos depois que ele processou a agência e o governo sul-coreano, alegando que eles eram responsáveis ​​por sua adoção malsucedida.

A decisão é a primeira do tipo repreensão de uma agência de adoção sul-coreana, e foi visto por muitos na comunidade de direitos dos adotados como uma repreensão poderosa da indústria de adoção do país, que os críticos alegam ter sido manchada por negligência e registros falsificados.

Os detalhes do julgamento não ficaram imediatamente claros, embora o tribunal não tenha decidido contra o governo sul-coreano, que Crapser alegou ter criado as condições que possibilitaram uma indústria de adoção mal regulamentada. O Ministério da Justiça não retornou um pedido de comentário.

Holt, a agência de adoção sul-coreana, disse em um comunicado que period “difícil comentar sobre a posição da agência neste momento” porque os detalhes completos da decisão ainda não haviam sido divulgados. A agência foi fundada em 1956 por um casal evangélico, Harry e Bertha Holt, que adotaram oito crianças coreanas na década de 1950 e são amplamente creditados – por acadêmicos, proponentes e críticos – por iniciar a onda de adoções internacionais da Coreia do Sul e de outros lugares.

Os americanos adotaram este sul-coreano quando ele tinha 3 anos. Agora, com 41, ele está sendo deportado.

Kim Sujung, um dos advogados de Crapser, disse em entrevista coletiva após a decisão que period “extremamente lamentável que os tribunais não tenham considerado responsabilidade em um governo que administrou, liderou, planejou e aprovou adoções ilegais no exterior”.

Hwang Joon-hyup, outro advogado que representa Crapser, disse que a Coreia do Sul “liderou a prática de adoções estrangeiras” ao permitir que agências de adoção enviassem crianças – estudiosos estimam que o número seja de quase 200.000 – para fora do país.

Falando em um programa de rádio native, ele acrescentou que o governo “estava ciente dos perigos que os adotados no exterior enfrentam quando não recebem a cidadania” e deveria ter feito o acompanhamento para confirmar que as crianças foram devidamente naturalizadas em seus países adotivos.

Hwang e Kim não responderam aos pedidos de comentários a tempo da publicação. Crapser, que falou publicamente sobre os desafios de viver na Coreia do Sul após a deportação – ele não falava coreano quando chegou aos 40 anos – está morando no México para ficar mais perto de sua família. Ele não foi encontrado para comentar.

Outros adotados recentemente desafiaram o governo sul-coreano e as agências de adoção por suposta negligência em várias adoções internacionais, desde a manutenção desleixada de registros até a troca intencional de bebês e suas identidades.

“A decisão é muito encorajadora e significativa para os adotados, porque prova que uma agência como a Holt pode ser responsabilizada”, disse um representante do Grupo de Direitos Coreanos da Austrália e dos Estados Unidos, que está pressionando por uma investigação sobre adoções feitas por outro país sul-coreano. agência de adoção, em uma declaração enviada por e-mail.

“Um padrão alarmante surgiu, levando-nos a acreditar que os problemas que descobrimos não eram incidentes acidentais ou individuais, mas sim parte de um processo sistêmico”, disse o comunicado.

Peter Moller, um advogado dinamarquês que foi adotado por Holt e tem discrepâncias encontradas em seus registros, disse que a decisão no caso de Crapser “pode ser usada para outros casos de adoção”, potencialmente abrindo caminho para ações judiciais adicionais. Ele lidera o Grupo de Direitos Coreanos Dinamarquês, que submeteu casos de adoção à Comissão de Verdade e Reconciliação da Coreia do Sul para revisão. A comissão está investigando 372 adoções para determinar se houve violação dos direitos humanos; Crapser’s não está entre esses casos.

“Nos últimos seis meses, os adotados aprenderam mais sobre os métodos de adoção de Holt e outras agências de adoção”, disse Moller em um e-mail.

Se for descoberto que partes da decisão podem ser aplicadas a outros casos de adoção, “Holt deve se preparar para uma cascata de ações judiciais”, disse ele.

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